Caern Cura Ancestral

Nível da Seita: 2
Tipo: Cura e Força.
Divisa do caern: 2,8 hectares.
Nível da Película: 4
População da seita: 17 garous.
Alcance da ponte da lua: 3400 km.
Totem: Urso.


Líder da Seita: Jeremy Marcado-Pela-Honra.



Localização:

Pacific Spirit Regional Park é um parque de 874 hectares (2.160 acres), parque localizado nas terras da doação da universidade, em Point Grey, a oeste da cidade de Vancouver, British Columbia. Ela envolve as terras dotais da Universidade de British Columbia, às margens do Estreito de Geórgia no Oceano Pacífico. É uma reserva natural da British Columbia governo e classificados na Área Eleitoral A.

O parque contém mais de 73 km de caminhada / trilhas para caminhadas, 50 km dos quais são designados multi-uso e disponíveis para o ciclismo e passeios a cavalo também. Há um parque Center, que está localizado na W 16th Avenue.

Em 1975, BC Parks estabeleceu noventa hectares de Pacific Spirit Regional Park como as Terras UBC Dote ecologial Reserve. Esta área é designada para a investigação florestal, e não é aberto ao público.

História:

Em 1960, o Espírito adormecido do Urso, foi desperto pelo  Presa de Prata, Jeremy e sua matilha, Garous de várias partes do mundo que passavam por Vancouver, se uniram formando o que vinha ser a Seita da Cura Ancestral.  Durante os primeiros anos, a batalha para ocultar o caern foi grande, investidas da Wyrm e até mesmo do progresso, trazia preocupação pra o coração daqueles que se uniram a Seita.

Foi pensando nisso, que o Presa de Prata Jeremy usou sua influência  e todo dinheiro que sua família vinha a ter, para comprar as terras do que vinha ser o Pacific  Spirit Regional Park. Porém, sua influência e recursos não foram o bastante, para privatizar aquele lugar e torna-lo seu.

Porém, graças as suas insistências e a ajuda do parente Ativista e Político Paul Watson, em 1975, a BC Parks estabeleceu Noventa Hectáres de Pacific Spirit Regional Park como as Terras UBC Dote ecologial Reserve. Esta área é designada para a investigação florestal, e não é aberto ao público.

Deixando assim as terras sobre cuidados da University Endowment Land, na qual Jeremy e grande parte dos membros do Caern fazem parte.

Era mais um fim de tarde no caern para Flecha-Fantasma como uma das guardiãs provisórias da Seita da Cura, estava fazendo mais uma ronda de forma rotineira, correndo entre as arvores, saltando por cima de suas raízes que saiam do solo, se tornando para os menos habilidosos ou desatentos, uma armadilha natural, porém a Ragabash era experiente e a muito conhecia aquele solo.

As folhas e a terra estavam molhadas, da chuva de primavera que havia acontecido a algumas horas, que agora só proporcionava o cheiro de terra molhada, misturada com notas do perfume de algumas flores que havia naquela região. O vento fresco soprava na direção contrária da Garou, fazendo-a por um momento fechar seus olhos e farejar toda aquela pureza daquele local sagrado, de fato voltava a entender o porquê aquele lugar nas histórias contadas, era o refúgio de várias raças metamórficas durante algumas guerras.

Logo atrás, a silhueta formada por uma pequena neblina, de seu companheiro o Espirito do Caçador da névoa, atravessava de forma fluida entre os galhos, sendo olhos extras da Garou em sua patrulha. Vendo distração momentânea da jovem, o espírito diz:

-Não se distraia pequena.

De relance, o espírito olha em uma direção e sua silhueta se expande, fazendo aquela pequena  ‘neblina’ que a formava, se dissipar por um segundo e retornar, para a Impura aquilo significava que seu amigo havia  notado a presença de alguém:

-Tem alguém naquela direção..

Disse enquanto assumia a leve silhueta distinguível novamente, olhando a frente de onde estavam.

"O período primaveril sempre causava confusão na cabeça de Flecha Fantasma. O cheiro das flores e seus odores, causava um certo desconforto mental na Garou, que vez ou outra acabava por se distrair.

Aquela era a estação da procriação, do cio e da fertilidade e o fato de não poder constituir família deixava Flecha sem ter um lugar no mundo.

Não tem um dia sequer que esta Garou desejou ser "normal" como muitos conhecidos seu, mas se seu fardo neste mundo era pagar pelo erro de seus pais, que seja! "

Flecha foi finalmente chacoalhada pelo seu amigo espíritual que trás a Garou de volta a vida real.

_Se Acalme "Manitu" Caçador da Névoa, não vacilarei mais!

Deste modo diminui os passos e começa a se enfiar por entre as folhagens assim de adquirir uma ofuscação perfeita e natural.

Seu don camuflagem fazia ela parecer parte da vegetação. Saca seu arco e flecha e espia a direção indicada pelo "Manitu".

off: Embaçamento da própria forma.

2015-10-10 18:00:47
Flecha Fantasma rolls 6 dice to
embaçamento (Diff 8) 7,10,4,7,3, 5 [1 success]

off2: Furtividade

2015-10-10 18:08:07 Flecha rolls 9 dice to furtividade 9,9,1,7,8, 9,10, 1 ,1,5 [4 successes]

off3: percepção

2015-10-10 18:12:14 Flecha rolls 6 dice to percepção 4,9,4,8,10, 10 ,2 [4 successes]

Flecha-Fantasma, andou por cerca de cinco minutos, se mantendo oculta graças a suas habilidades de sua tribo e augúrio.

Seu amigo, o espírito do Caçador da Névoa, se mantinha em sua retaguarda, afim de lhe dar cobertura para qualquer coisa que viesse de encontro a sua amiga.

...

Após alguns segundos de espera, a Wendigo pode avistar um lobo caminhando entre as arvores, sua pelagem era castanha, em cima de sua cabeça havia uma leve mancha de pêlo avermelhada, suas orelhas estavam em prontidão e por um segundo pareceu olhar na direção da Impura, porém desviou seu olhar logo após.

Não demorou muito para que Flecha-Fantasma, notasse a presença demais outros dois lobos, suas pelagens eram eram idênticas ao do primeiro, um deles tinha quase o mesmo porte físico do primeiro a aparecer, porém o segundo, era visivelmente maior, tendo em si várias partes que sua pelagem falhava, revelando cicatrizes principalmente próxima de seu pescoço e rosto. A Impura não entendia o por que, mas aquele lobo em especial a causava um desconforto ímpar, como um receio latente de não querer ser uma presa para aquele lobo.

Flecha-Fantasma logo pode constatar, era uma pequena matilha de Garous, o mais preocupante é que eram Garras Vermelhas, que não emitiam uma palavra entre si, apenas se comunicavam por meio de leves rosnados, dados pelo lobo maior, na qual cada um deles entendiam bem o que deveria se fazer.


A garou sabia que a noroeste da cidade havia um pequeno caern na Moutain Eagle, formato exclusivamente por Garras Vermelhas, que abominava as práticas do Caern da Cura Ancestral, por aceitarem em suas terras qualquer Garou, nascido dos Macacos, impuros e de qualquer tribo. Marcado-Pela-Honra, já foi desafiado várias vezes por Garras Vermelhas da Mountain Eagle, que tentaram se aproveitar da idade do garou para ganhar, mas eventualmente perderam.

Ali já era o limite da fronteira com o Caern e a Impura sabia que já deveriam terem mandado o Uivo de apresentação. Porém, até então nada havia sido emitido e pareciam continuar avançando.

Flecha sente os pelos de sua nuca ouriçarem ao notar a presença dos garras vermelhas. Não pelo fato de serem garras, eles mantinham boas relações com os wendigos, talvez melhor até que os Uktenas que são seus co-sanguíneos.

Todavia desempenhava um papel de confiança para com a seita, e não faria nada que causasse a violação de um caern.

"Lamento irmãos lupinos, mas vocês choraram desta vez, hihihi, muito azar para vocês eu estar de guarda hoje!"

Em comunicação pelo totem diz:

"Senhores temos uma matilha de Garras Vermelhas perto demais de nossas divisas no setor OESTE e a esta altura já deveriam ter uivado.

Estou bem próximo deles, aparentemente não fui vista. Vou acompanhar seus passos!"

off: Ativar fetiche e reforço na furtividade de ancestrais.

2015-10-11 09:34:05 Flecha rolls 4 dice to ativar fetiche (Diff 7) 8,6,2,8 [2 successes]
2015-10-11 09:29:03 Flecha rolls 5 dice to ancestrais 10,3,3,1,10 [1 success]

Horas se passaram desde que a Fenrir havia sucumbido ao cansaço e a fome próxima as fronteiras do Caern, por sorte foi diante de um de seus guardiões, que após se certificar através de seus dons que se tratava de uma Garou de Gaia, a levou em seus braços até o interior dos domínios da Seita.

...

A Fenrir abria aos poucos seus olhos, que embaçados devido ao desmaio de exaustão tentavam se adaptar novamente e aos poucos se via deitada sobre uma cama confortável, coisa que a muito não experimentava, o lugar era totalmente feito de madeira, a fazendo pensar que estaria em alguma cabana ou algo do tipo, era também mobiliado de forma simples, porém bem aconchegante.

O cheio de comida vindo do pequeno criado mudo ao lado da cama, fazia o estômago da Ahroun roncar, a fazendo voltar sua atenção rapidamente para o recipiente que parecia guardar uma sopa, que pelo cheiro guardava bons pedaços de carne em seu caldo.

Foi quando a voz rouca de um homem, quebrou o silêncio do lugar, interrompendo o transe que a Fenrir sofreu pela comida devido a fome:

-Até que enfim você acordou.. _Disse em uma voz tranquila_

Quando voltou seu olhar para a direita, sua visão embaçada, foi buscando foco até, poder ver um homem negro de aproximadamente seus 38 anos aparente, ele estava sentado em uma cadeira de balanço velha feita de madeira, trajava uma calça jeans, uma blusa preta e uma Touca.


O homem tinha um olhar cansado e agora curioso com a Fenrir, porém, apenas aguardou em silêncio até que a mesma falasse algo, para ter certeza que ela estava bem.

/Fronteira  Oeste do Caern\

Assim que se comunicou com os outros Guardiões e o Vigia através do Totem da seita, a voz do Vigia Punho-Piedoso,  veio a mente da Impura dizendo de forma tranquila.

"Não faça nada, apenas os siga, estou indo para ai."

Logo o silêncio tomou conta novamente de sua mente, os lobos pareciam distraídos e Flecha-Fantasma, tinha certeza que poderia abater pelo menos um deles ali rapidamente. Porém seu olhar de forma inconsciente se voltava para o lobo maior dentre eles, aquele de alguma maneira a preocupava. Não sabia bem o que era, a unica coisa que sabia, era que ele se destacava dos demais, de maneira que visivelmente para ela, ele era naturalmente um Alpha.

...

Após alguns minutos de caminhada, a Garou pode ver que os lobos pararam repentinamente, um deles olhou exatamente para a direção de onde Flecha-Fantasma estava, ficando olhando por algum tempo, por um momento a Garou pode sentir a tensão do momento, sabia que mesmo que fosse habilidosa, enfrentar sozinho uma matilha, principalmente uma matilha coordenada como aquela, poderia ser sua morte.

Porém o lobo muda a direção do olhar, rosnando para os olhos que  circulavam em volta do mesmo, parando e olhando na direção da Impura, mas logo aquele que parecia ser o Alpha dali, mordeu o pescoço daquele que chamou a atenção de todos, como uma represaria por distrair os mesmos.

...

Logo o 'Alpha' daquela matilha salta para cima de uma pequena rocha que ali tinha, erguendo seu focinho para o alto emitindo um longo uivo anunciando sua presença para os Guardiões da Seita.


-Arranca-Peles, Ahroun, Adren dos Garras Vermelhas, peço permissão para minha matilha entrar nos domínios do Caern.

Flecha-Fantasma não entendeu bem o por que daqueles garous se apresentarem agora, talvez seja por que notaram sua presença ou por outro motivo.


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2015-10-11 13:08:39 Garras rolls 9 dice to Percepção (Diff 7) 1,10,10,4,3, 9,4,7,8 [4 successes]

Flecha Fantasma da alguns passos para trás, a essa altura uma flechada certeira iria em cheio no coração do alfa.

Já mirava nele a algum tempo, talvez estivesse ali entre três e cinco minutos, seria um tiro certeiro e mortal pelo estudo que já fazia dele. Depois veria o que iria fazer para sobreviver a fúria de seus irmãos.

"Este uivo não foi de bom grado, tenho certeza que eles me viram."-dizia em comunicação pelo totem-"Vou seguir a regra da boa vizinhança e recepcionar os mesmos de forma devida, afinal, eles não estão mais em falta."

Abaixa sua flecha para não parecer ofensiva, mas mantém posicionada no arco. Desfaz em seguida sua camuflagem natural, assim como o embaçamento da própria forma.

Flecha aparece diante dos olhos dos garras vermelhas em hominídeo, suas pinturas tribais denunciava que era uma nativa pele vermelha.

Toda sua face era pintada em tons brancos em sua maioria e também vermelho e preto. Uma pena caída denunciava que era uma guerreira, afinal de contas, era uma Garou e Wendigo.

Seu porte físico era franzino, mas muito ágil. Em questão de segundos estava em sua forma guerreira.

Em linguagem sublime diz:

_Sou Flecha-Fantasma, Wendigo e lua escondida, uma das guardiãs desta seita.

Sua presença súbita era como se realmente fosse um fantasma que surgiu diante dos olhos de todos.

_Seja bem vindo nobre irmão Garra Vermelha. Você e sua matilha!

Sabia do mal estar que as duas seitas vivenciavam, na verdade, não desejava em nada esta situação. Os Garras Vermelhas eram irmãos de confiança e muita estima para ela, que demonstrava isso de todo seu coração neste momento.

"Fome...muita fome..."

Seus olhos pararam sobre o farto prato de caldo, tinha preferência por carne crua. Mas ali naquela situação o que viesse seria lucro.

Após o transe inicial diante da comida, é interrompida pela voz daquele que a acolheu. Sem mexer sequer um osso, seus olhos repousam sobre o dele.

Estava na sua forma natural, um grande lobo cinza claro de pelos macios e reluzentes, olhos de um azul profundo, suas presas ficam aparentes por alguns segundos, muito provavelmente por instinto animal diante do desconhecido. Mas percebe que se o mesmo quisesse fazer algo de ruim, teria feito antes, enquanto ela estava desacordada.

Então desfaz a posição de defesa e tenta ficar sentada sobre a cama improvisada.

Nada diz, apenas parece farejar o local onde está como um animal qualquer diante de um território diferente do seu.

O homem erguia as sobrancelhas diante da postura defensiva da Lupina, porém, logo sorriu de forma serena quando a mesma se desarmou, mostrando tranquilidade. Então ele se levantou da cadeira, se esticando por um segundo, como quem estivesse ali um bom tempo sentado e disse na língua garou para a Lupina:

-Vejo que está melhor, você preocupou nosso guardião pela maneira que apareceu..

O Homem andou tranquilamente em direção da tijela com o caldo, o pegou e colocou sobre a cama, enquanto dizia:

-Vamos, é melhor você comer, não sei se é de seu agrado,mas matará a fome..

Ele passou a mão pelo seu cavanhaque, como se pensasse em algo por um segundo e por fim continuou:

-Antes que eu me esqueça, meu nome é Zembe Sombra-dos-Espíritos, Theurge, Adren dos Uktena.

-Você está na Seita da Cura Ancestral...

O Uktena caminhou para a cadeira de balanço, se sentando com um leve sorriso no rosto dizendo:

-É impressionante como Marcado-Pela-Honra, tem presságios tão certeiros...

-Há algumas semanas ele disse que sonhou, que um  lobo gigantesco carregava uma criança em suas presas e a deixava em sua porta, que os olhos da criança eram os mesmos que o do enorme lobo..

O Garou da um leve gargalhar deforma satisfeita e diz:

-E aqui está você...

Ele para por um instante fitando a loba por alguns segundos e meneia a cabeça apontando a comida novamente, concluindo:

-É melhor você comer, não terá tempo depois, os Anciões irão falar com os mais jovens e até mesmo você terá de estar lá...

-A propósito, se apresente...

O Uktena ficou observando a Garou com o mesmo olhar cansado, esperando que a mesma comesse.

A loba avança sobre o prato de caldo e rapidamente nada mais resta de comida ali. Lambuza-se toda enquanto se alimenta, mas não deixa de prestar atenção em nada do que aquele homem diz.

Lambe o prato afim de que nada sobrasse daquela comida, por fim lambe o focinho, pêlos e patas dianteira até então ouvir o pedido dele:

- Sou "A que Escolhe os Mortos", nascida na lua cheia, tribo dos Crias de Fenris.

Fica feliz em saber que estava no local certo, mas tenta não demonstrar espanto diante do relato do presságio. Afinal, ninguém além da matilha amiga de seu pai e seu espírito amigo sabiam que iria para aquelas terras.

Pula da Cama e agora fareja o chão do local parando sobre diante da porta. Então volta a falar na língua garou.

- Obrigada, comida boa!

Balança o rabo como um filhote de lobo qualquer, apesar do tamanho naquele momento ela não parecia nada mais que isso.

- Vamos então...

/Fronteira  Oeste do Caern\

Flecha-Fantasma aparece subitamente surpreendendo os Garous, os dois que estavam no chão logo atras daquele que uivou, saltaram para trás assustados, mostrando suas presas em meio a rosnados ofensivos.

Porém, era uma reação comum para quem acabava de ser surpreendido daquela maneira, Arranca-Peles porém, mostrava frieza mediante a situação, voltando apenas apenas seu olhar para a Impura e saltando bem no meio de seus companheiros, enquanto rosnava quase de maneira agressiva para que os dois parassem enquanto ele mesmo andava em direção da Impura.

Farejou a mesma como um lobo fazia para reconhecer o outro e por fim respondeu as boas vindas da Guardiã Wendigo:

-Obrigado duas patas...

O Garra vermelha pareceu ríspido em suas palavras, provavelmente por que a Impura estava em sua forma hominídea, forma que claramente mesmo que sem intenção pareceu ofender o Lobo.


....

Arranca-Peles então após alguns segundos encarando a Ragabash, disse em um tom mais sério na língua dos lobos:

-Preciso falar com Marcado-Pela-Honra, é um assunto urgente, que diz respeito a nossas Seitas.

-Pode me levar até ele ou não?

O lobo esperou então que a Guardiã o respondesse, as palavras daquele lobo pareciam agressivas mesmo quando pedia coisas simples. Não sabia por que, mas aquele lobo estava extremamente impaciente com algo.

O Uktena observava a loba devorar o caldo e a carne que ali estava, o mesmo sorria vendo a fome a ânsia que a mesma tacava o prato. Ouviu a apresentação da mesma e era notório que aquela garou era nascida entre os lobos.

Acenou com a cabeça em resposta ao agradecimento da Fenrir, sorrindo vendo quanta inocência vinha daquela lupina, que se mostrava uma filhote diante de seus olhos, também se espantava com como aquela Garou era forte, se recuperando rápido do baque que havia sentido, realmente era digna de sua tribo. Então apenas disse, enquanto se levantava:

-Se acalme, ainda estão fazendo preparativos e temos que esperar.

O Theurge foi até a porta do cômodo e a abriu para que pudessem sair, enquanto dizia:

-Porém, vamos sair daqui de dentro...

-Imagino que não quer ficar presa.

Os dois seguiram por um pequeno corredor,saindo até um segundo cômodo, que havia algumas poltronas de madeira com um estofado no seu assento, uma pequena lareira e era mobiliado de forma simples, o Uktena novamente abriu outra porta e finalmente estavam ali do lado de fora.


O vento soprava levemente, enquanto gotas caiam das folhas das arvores devido a chuva que havia acontecido horas atrás, o cheiro de umidade junto com a vegetação ali, proporcionava naturalmente uma sensação de liberdade para todos, principalmente por que era Primavera, uma das estações mais bonitas do ano, que proporcionava para os garous uma explosão de prazer em seus sentidos, pelo cheiro da terra molhada e flores, pelo canto dos pássaros, além disso era a época de reprodução e cio para a maioria dos animais e com os garous não era diferente. Olhando trás podia ver mais claramente a cabana feita totalmente de madeira, na qual estavam. Próximo dali, alguns outros lobos, Garous e Parentes, transitavam de maneira despreocupada.

O Theurge deu alguns passos a frente, se dirigindo a direita da cabana, aonde se encontrava uma pequena estrutura, que lembrava uma mesa e um banco comprido de madeira, se sentou no banco e com um gesto pediu que a mesma o acompanhasse, enquanto dizia:

-Não pude deixar de notar a Pureza em seu sangue minha amiga, acredito que se está aqui longe de suas terras, tens um propósito.

O Uktena olhou curisoso enquanto dizia:

-Me diga qual é, o que te trás aqui?

-Sou bom em guardar segredos...

O Uktena continuou a fitar a Garou de maneira curiosa esperando uma resposta

Flecha Fantasma estava preocupada com a demora do vigia do caern e tenta buscar ele pela localização dada pelo totem, imaginando não estar muito longe.

_Acredito que isso não será problema. Porém não posso passar por cima do sistema de vigilância da seita.

Deste modo a Garou se põe em um estado de comunicação, entre os vigilantes.

"Ele disse que tem assuntos a tratar com nosso líder. Esta aparentando uma evidente impaciência.

Aguardo por respostas."

_Um instante guerreiro!

Não se atreveu em dizer sua raça, pelo menos não enquanto estivesse sozinha. Era melhor ser precavia neste momento, afinal, não estavam em assembléia onde as deformidades deveriam ficar a mostra a todo instante.

Num salto a fenrir pula pra fora da Cabana , se sentia bem novamente , sua fome parcialmente controlada e as noites de sono perdido parecem ter sido restauradas.

Enquanto os dois seguem para o local indicado ainda nas proximidades da casa a loba tenta se familiarizar com o espaço. Todo o tempo que passou em cativeiro ainda não fora esquecido , mas tentava se distrair com cada novo caminho que encontrava.

Esperava travar muitas batalhas naquele Caern sentia que ali conseguiria isso.

Quando o theurge sentou no banco , A que Escolhe os Mortos se posiciona ao lado em posição de alerta , fareja o chão por alguns instantes e então relaxa para responder:

- Não tenho segredos ! Sou filha de Fúria Sangrenta dos campos do Norte além do mar , meu pai antes de voltar para junto de nossos ancestrais se preparava para vir até este solo. Estou aqui para honrar aquela que seria sua última missão antes de assumir a liderança de nosso Caern. O que ele vinha fazer neste lugar , estou aqui para descobrir.

Mesmo na língua garou podia se perceber que as palavras além de saírem com certa demora expressavam extremo orgulho com um misto de dor.

Uma baforada pode ser percebida até que continue. Reluta por alguns instante , talvez estivesse em dúvida se podia falar ou não.

- Também estou aqui para aprender um pouco mais sobre os costumes de nosso povo , digamos que não tive muito tempo para aprender.

Então pela primeira vez o encara , ambos sentados e a fenrir mesmo na forma de lobo parecia um hispo de tão grande era caso estivesse diante de um lobo normal.

- Há outro de minha tribo aqui ?

Flecha-Fantasma se comunicou pelo totem com a vigilância do Caern, porém, a voz que a respondeu não fora mentalmente e sim a alguns metros dali:

-Pode deixar comigo agora Flecha..

Ao observar a alguns passos dali, a Wendigo viu que estava o Vígia do Caern, usava roupas militares, em seu braço direito havia o simbolo da empresa que cuidava daquela reserva e ostentava o cado de um grande kukri em suas costas, além de pistolas visíveis em seus coldres.

Os lobos rosnaram em direção do Vigia e o mesmo caminhou em direção dos três, mantinha um leve sorriso em seu rosto e se apresentou:

-Bem vindos a Seita da Cura Ancestral, sou Punho-Piedoso, lua cheia dos Filhos-de-Gaia e Vígia desse Caern.

Então voltou seu olhar para Flecha-fantasma dizendo:

-Leve-os paras as cabanas na área de convivência dos Caern, já avisei da presença deles aos Anciões.

-Além disso, você está dispensada brevemente da sua ronda hoje, vá comer algo.

-E se prepare, se esses três estão aqui, significa más noticias.

O Vigia parecia conhecer aquela matilha de Garras vermelhas, ou ao menos sabia de algo sobre eles que Flecha-Fantasma não fazia ideia, por fim o Filho de Gaia concluiu:

-Quanto a vocês três, comportem-se e sigam as instruções da Wendigo, estarei próximo.

O Ahroun Filho de Gaia fez um gesto com a mão para que Flecha-Fantasma seguisse.


.....


Logo, os três lobos rosnaram em desgosto para o Vigia, demonstrando insatisfação pelo modo que o mesmo os tratou, mas nada podiam fazer então apenas acenaram com suas cabeças que haviam entendido e esperaram pela Wendigo.

.....


Logo na retaguarda, o Espirito aliado da Ragabash se mantinha atento, para qualquer problema, deixando entre as arvores,uma leve neblina devido ao fim de tarde.

Todo aquele lugar trazia muito conforto para a Fenrir, ao contrário dos lugares que havia ficado em seu passado obscuro. A seita da Cura Ancestral, desde que ela chegou se mostrava um lugar de imenso poder, pouca oportunidade a loba teve de estar em um lugar tão puro, onde mundo físico e espiritual se ligava em tamanha harmonia.

...

O Uktena ouvia as palavras da Garou, com tamanha atenção que podia ser até constrangedor para a mesma, a curiosidade daquele homem, era notável. Ao ouvir o nome de Fúria-Sangrenta, o Uktena sorriu satisfeito e disse na língua dos lobos:

-Você é filha de Fúria Sangrenta, infelizmente não pude conhece-lo, mas ouvi muitas histórias de seus combates e de sua glória, agora posso entender o por que você me chamou tanta atenção, a pureza em seu sangue vem dos grandes Heróis do Norte.

O Uktena meneia a cabeça positivamente para a Ahroun, entendendo os motivos dela está ali e disse:

-Aprenderá muito sobre nossos costumes na Seita da Cura Ancestral...

-Porém, quanto aos motivos de seu Pai vir a este lugar, eu não faço ideia do que ele buscava, mas o Líder da Seita, talvez o saiba.

O Theurge sorriu pela curiosidade da Garou de se havia outro Fenrir na Seita, meneou a cabeça positivamente e disse:

-Há mais um na seita, um Ragabash chamado Yngvaar Escárnio-de-Loki...

-Ele faz parte da Matilha de Patrulha do Caern.

O Uktena olhou a sua volta enquanto dizia:

-Nosso Caern, tem cerca de apenas três matilhas, sendo que estou contando com os próprios Anciões e matilhas que não possuem todas as luas em sua formação...

Suspirou e concluiu:

-Por sorte, mais de nós estão chegando...

-Principalmente você, a chegada de uma Garou, que reflete nossos heróis, é um bom presságio..

-Talvez possamos formar mais matilhas...

O Uktena se silenciou e farejou o ar, deixando a Fenrir tirar qualquer dúvida que tinha em relação as suas palavras.

Flecha Fantasma nota o vigia wasishu chegar cheio de moral, apesar de sua banca de machão ele era gente fina e era neste ponto que a nativa desconfiava deste mestiço imundo.

Porém não podia reclamar muito, foi lhe dado uma oportunidade e um papel de confiança naquela seita para ela, ser um cliath nesta condição era privilégio de poucos.

Neste ponto ser um impuro ajudou bastante; o fato de já ter nascido um Garou e viver aquele mundo, foi crucial para esse empurrãozinho.

Todavia por ser uma ragabash, tinha muitas ambições e uma delas era ficar longe de olhares de anciões rabugentos e babões.

Imaginava o mundo lá fora e toda a liberdade de ir e vir que uma matilha tem, se ao menos lhe dessem uma chance. Pensava.

Uma ordem foi dada e está seria cumprida.

_Vamos lá então! -diz para os lobos mudando sua forma para a lupino conforme caminhava.-

Primeiro cai nas quatro patas ainda em crinos e vai minguando até atingir a proporção desejada.

Em uma linguagem bem gestual, a linguagem lupina, aponta uma direção e inicia um trote, queria testar se os Garras vermelhas estavam mesmo com pressa.

Caso os lobinhos não desejassem correr, iria caminhando com eles sem maiores problemas, porém se acompanhassem, aumentaria gradativo, até que seus ritmos se igualassem.

Infla o peito e ouve com orgulho a descrição de seu pai, pelos poucos lugares que passou sempre lhe mostravam o quão importante era a sua linhagem. No entanto, a responsabilidade que carregava nas veias também recaia sobre seu semblante sempre sério e muitas vezes distantes, principalmente por ainda não ter vivido um confronto de verdade no qual pudesse mostrar que não só de Nome e Honra vive aquela Fenrir mas também de fúria e Sangue.

Fecha os olhos por um instante sentindo o ar puro do local, gosta de saber que existe outro de sua tribo ali sem se preocupar com o fato deste pertencer à lua dos trapaceiros o que para alguns era um incômodo.

- Quero conhecer Yngvaar Escárnio-de-Loki!

Sua voz apesar de firme soava tranquila, naturalmente se impunha como a nobre que era mesmo sem ter muita noção disto.

- Então este lugar vive tempos de paz?

Ela nunca fizera parte de uma matilha, gosta da idéia.

/Fronteira  Oeste do Caern\

.
Os três lobos se entre olham, quando a Wendigo assume a forma lupina, mas nada dizem, apenas Arranca-Peles, que olhava para o Vigia e rosnava como quem desafiasse o mesmo, porém, Punho-Piedoso o ignora, apenas dizendo:

-Sigam ao seu destino sem causar problemas....

Depois disso, como um fantasma, desaparece da visão de todos, como se quer estivesse estado ali.

....

A Guardiã então segue para o interior da Seita, guiando os três "convidados" até seu destino, a Wendigo se sente pressionada quase todo o tempo, ter aquelas lobos a seguindo, lhe causava uma leve tensão. Porém, os mesmos se mostram respeitosos dentro das ordens que receberam do vigia e evitam fazer qualquer coisa que pareça um problema.

Após uma caminhada de pelo menos vinte minutos, passando pelas barreiras, ritos e proteções do Caern, chegam finalmente na área de convivência da Seita, ali podia se encontrar pequenas cabanas feitas da madeira de troncos de arvores, algumas delas possuindo um pequeno jardim, que cultivava algumas ervas necessárias para os rituais pessoais dos membros da Seita, vários parentes e garous, passavam por ali executando seus afazeres e ao longe, com sua percepção apurada, a Wendigo podia ver o Mestre de Rituais, junto de uma fêmea, que chamou a atenção da Wendigo, tanto por seu porte físico, quanto pela pureza de seu sangue e presença. Presença, que fazia a Garou sentir uma leve curiosidade, como se a conhecesse de algum lugar.

Enquanto isso, os três Garous aguardavam a Garou, lhe guiasse para onde os anciões ficavam ou ao menos para alguém que o fizesse.

Flecha Fantasma olha de relance para a lobo de tamanho grande, tão grande quanto os maiores ahrouns de sua tribo na forma lupina. Cumprimenta o Theurge com um olhar e menear de cabeça e também a recém chegada caso olhasse para ela.

Era impossível não ter chamado atenção, adentrando com três garous de uma seita que não mantinha boas relações com aquele caern.

Porém deveria terminar o que fazia. Com a ajuda do totem da seita, que dava a localização exata de cada membro não seria uma tarefa difícil achar Jeremy.

Porém se qualquer outro membro indagasse quanto a estes que estava com ela, tiraria o problema de seus ombros e passaria adiante.

O Uktena meneou a cabeça positivamente sorrindo para a Garou quando a mesma fala sobre conhecer Yngvaar então disse:

-Fique tranquila, Escarnio-de-Loki é um Garou muito curioso com recém chegados e logo dará as caras..

-Acredito que irá gostar dele, apesar dele ter uma personalidade complicada é muito esperto...

Quando questionado se o Caern vivia tempo de Paz, o garou assumiu uma expressão mais séria enquanto dizia com certo pesar em sua voz:

-Gostaria de dizer que sim, mas estaria mentindo...

-Apesar da calmaria momentânea, o Caern vem passando problemas, temos poucos Garous, os que temos mantemos no Caern para a defesa do mesmo, pois a Serpente de Chifres nos ataca vez ou outra..

O Garou então suspira por um momento e volta a sorrir:

-Por isso eu disse que a sua chegada é um bom presságio...

-Talvez assim podemos fazer uma nova matilha e manda-los a campo, tudo dependerá do que ocorrer hoje...

-Pelo que sei, a pequena assembléia que ocorrerá hoje, tratará sobre isso..

Então se calou, coçando a cabeça apenas olhando para o chão, como se pensasse em tudo que disse.

...

Então voltou seu olha para Flecha-Fantasma, que chegara junto de três garous, o Uktena se pôs de Pé, como se tivesse ficado na posição defensiva quando viu os Garras Vermelhas e meneou a cabeça cumprimentando a a Guardiã. Então a questinou subitamente.

-O que esses três estão fazendo aqui?

Falou enquanto fitava rapidamente Arranca-Peles, seu olhar era frio, diferente do Cansaço visto pela a Fenrir Aquela-que -escolhe os mortos, parecia que algo errado acontecia ali.

Flecha inclina a cabeça ante a presença daquele Garou. Achava estranho, realmente estranho um Uktena negro, para ter atingido esta tonalidade, teve bastante mistura dos estrangeiros em seus ancestrais.

Todavia ainda era um Garou da tribo mais velha e respeitava por isso.

_Eles dizem que tem um assunto importante para tratar com o Grande Ancião local. O Vigia mandou trazer eles aqui e também disse que Cicatrizado pela Honra estava ciente da presença deles.

Se senta na pata traseira, aguardando por mais perguntas.

/Área de convivência do Caern\

O Uktena fitou os três Lobos como se buscasse entender o íntimo deles, por fim voltou seu olhar para Flecha-Fantasma e disse:

-Deixa que eu levo eles até os Anciões Flecha...

-Eu já teria assuntos a tratar com Marcado-Pela-Honra, então já levarei esses três até ele...

A maneira que o Mestre de Rituais fala, é carregado de seriedade, diferente do que a Fenrir e até mesmo Flecha-Fantasma estava acostumadas, vindo do Uktena. Por fim, o mesmo apenas concluiu:

-Essa é Aquela-que-escolhe-os-Mortos, ela é recém chegada, caso desejar façam companhia uma a outra.

O Theurge fez um leve sinal, para os três lobos com a mão, para que esses o seguissem, de fato parecia que a chegada desses três, causava tensão na maioria dos Garous daquele Caern, assim foi com o Vigia e agora com o Mestre de Rituais. Flecha-Fantasma jamais havia visto aqueles garous em especial, nem mesmo Aquela-que-escolhe-os-Mortos que acabara de chegas os conhecia, mas uma coisa é certa, não pareciam ser bem quistos ali.

...

O Theurge então, sem nem mesmo se despedir, caminhava em direção da Área aonde ficava a cabana do Conselho, afim, de levar os Garras Vermelhas até os Anciões.

Flecha Fantasma acompanha a situação sem nada dizer, apenas quando o Theurge diz que levaria o trio para o ancião, acente com a cabeça em afirmação, ficando em silêncio até então.

Se despede com olhares e nada mais, faz o mesmo aos garras vermelhas, não tinha motivos para odiar ninguém, até então na sua concepção aquilo era um tremendo desrespeito, todavia, se estavam passando por isso, tinham dado motivos.

...

Quando se sente mais a vontade, modifica sua forma aos poucos, até assumir a forma humana.

Flecha tinha seu rosto pintado completamente em tonalidades branca, preta e vermelha, a cor de sua tribo humana(Cherokee).

Era uma nativa com olhares atentos, esguia, porém com olhar de caçadora, de predadora, apesar de transparecer uma estranha calma.

_Vou caçar, quer me acompanhar.

_A Propósito, me chamo Flecha Fantasma, e você?